Sei que reparar nos erros dos outros outros é mais fácil que exercitar a auto-observação (alguma literata por favor me esclareça com se escreve isso, por favor.) , mas tem horas que que a coisa irrita, e se me irrita tanto é por que eu provavelmente faça o mesmo, vamos à situação.
Estou eu conversando tranquilamente com uma pessoa, que anteriormente estava reclamando de preconceitos e de uma séria de discriminações que se dizia vítima (eu não estava lá para verificar a verdade). Algum tempo depois enrolo as mangas da camisa e deixo à mostra minha tatuagem em progresso, que um dia ocupará todo meu braço direito. Claro que imediatamente o assunto passaa ser tatuagens, depois de escutar mil absurdidades sobre o assunto, vem a pérola do jovem de que falei :
- Agora, se você falar que não usa droga eu não acredito.
Eu conto mentalmente até 1.393.489.772,85 para não responder irônicamente,usando todos os preconceitos que ele havia reclamado 15 minutos atrás, cheguei à conclusão que fiz bem por dois motivos:
Primeiro é que essa criatura provavelmente não entende a sublime arte da ironia, não o culpo, muita gente não entende mesmo(às vezes nem eu, deve ser o dna louro, sacou? ), o que me leva ao...
Segundo que eu podeira ir preso por ele não entender, enquanto eu não o posso acusar de nada. Pois é, enguli minha raiva, e dei uma resposta atravessada, mas não tanto quanto eu queria, agora toda conversa ele tem que escutar nossa agora termina com " Só é preconceito se fazem contra a gente, não é fulano?".Tudo bem, um dia ele se toca...
... ou não.
A segunda consideração é que tenho que examinar mais a fundo as minhas atitudes, afinal as coisas que mais te irritam nos outros são nosso lado que não queremos admitir (se não todas, pelo menos a maioria), sei que não vou me livrar de tudo de uma vez, mas um poquinho a cada dia a gente vai melhorando.
e antes que perguntem, não , eu não quero ser santo, não tenho vocação.
uma terceira consideração que não estava prevista, preciso de um dicionário, não gosto de escrever errado.
