16 dezembro, 2005

mais uma sessão de velharias

Carol, brigadão pelo help indspensável com essa aqui!


Somos crianças selvagens, usurpamos o jardim do eden em nome da beleza!
Devoradores de emoções, sentimos com a intensidade que a lógica dos homens-defuntos é incapaz de compreender!
Apátridas! Funestos! Iconoclastas ! Pervertidos! Piratas !
Juntem-se à congregação da liberdade! Vandalizem a ignorância!
Abraçem a expressão pura sem fronteiras,sem ideologias, sem sentido!
Saíremos nus pelas ruas, enfeitiçando os zumbis com nossas flautas,
Seremos criminosos. E faremos dos homens, seres livres, arrogantes e belos!

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acho q estava de mau humor nesse dia

Reflexões:

Estou ainda tentando responder a primeira pergunta fundamental, "quem sou eu?", cada dia mais chego à conclusão que estou lutando para ser um eu mesmo , embora todo dia a realidade arromba a porta precária da minha consciência e me derrube, me trazendo para onde sou mais um apelido, mais um endereço mais um cep, um rg, um cpf, um número ou uma senha qualquer. Troco o nome do usuário do meu e-mail pelo nome de usuário do meu serviço, assino meu e-mail no talão de cheque ( e eu que odeio cheques), será que realmente sou eu esse humano, que vem trabalhar de terno debaixo de um baita sol? Que sente, está magoado , confuso , feliz e triste ao mesmo tempo, e acima de tudo, desesperançado? Ou sou o número , aquele que atende o telefone usando a empresa como primeiro nome, aquele que perdeu a identidade em meio a um mar de outros números, que é só mais um, dispensável, irrelevante…
Sinceramente não sei o que me espanta mais, se é a possibilidade da perda da minha identidade ser um processo real e concreto, ou se é o fato de eu estar consciente deste processo, de estar agonizando e lutando contra ele, gritando a plenos pulmões que não faço parate deste amálgama de rostos indefidos e almas sem vontade, que eu sim sou o mestre de mim mesmo, senhor de minha vontade, e já não desejo ser mestre de outrem, mas nem por isso quero servir, mas novavemente há a pressão , que tenta me jogar para o fundo onde meus gritos não poderão ser ouvidos, onde o mundo não poderá ser acordado por um pária com idéias duvidosas a respeito de identidades próprias, pisado por outro idiota que toma coca-cola™ e come no mcDonald's™ sem nunca ter parado para pensar se realmente gosta disso ou não, por alguém que foi tosado da capacidade de pensamento, manipulado e usado, coletivo, insensível, por alguém dito real e admirado pela sua capacidade de ser igual a todos! Vivendo uma vidinha pequena, sobrevivendo, NÂO!
Desculpem me, ou melhor ainda, acusem me, pois se significa a vontade própria uma ofensa a sociedade desejo ser o maior criminoso, meliante, profanador , herético e iconoclasta que já teve o orgulho de pisar nesta terra abandonada por deus, e juro que serei.

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verbetes farofistas

Com a colaboração muitíssimo fundamental do Alexandre ... e de Smirnoff


Caos:
O caos como a soma das ordens.
Em absolutamente nenhum momento o caos deve ser compreendido com falta de algo , mas sim como o meio que possibilita a existência, no caos não há nada a não ser possibilidade, a força que impulsiona a criação.
As teorias propostas baseiam se no principío que o caos tende a gerar combinações de ordem involuntárias, naturais e não hierárquicas, no caos não existe o paradoxo pois ele próprio funciona além deste conceito , em termos de caos a fórmula 'x + (-x)', pode resultar em x , 2x , 0 ou ser insolúvel , todas as possibilidades não só podem , como encoraja-se, que sejam aceitas.

Comunicação emocional
Nossos centros lógicos procuram uma forma de conceitualizar em termos comuns as emoções , buscando uma forma de comunicá-las de forma entendível ao outro , ou seja procurando uma linguagem comum e simplificada. Problema da lógica é que as emoções se agrupam, uma emoção não necessariamente exclui a sua contrária, gerando portanto um paradoxo que a lógica não é capaz de lidar,.
Uma comunicação perfeita deve se basear no seu conteúdo emocional, deve desestabilizar a lógica do entendimento passando a comunicar diretamente aos centros emocionais, isso pode ser feito através da utilização de paradoxos lógicos, drogas ou experiências de extremas (choque físico/psicológico), onde a mente é capaz de de suplantar o conhecimento lógico e passar a utilizar a comunicação emocional, neste ponto é recomendado autilização de imagens, sons, cheiros , gostos e etc, sinestesias e não palavras, portanto basicamente torna-se mais fácil uma comunicação mais artística, e quando em textos, que sejam poéticos e surreais, até mesmo dadaístas, a idéia deve transcender a palavra e estar embutida no contexto, na síntese, e ainda assim não almejar o entendimento.

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ahn... fui eu, acho q não mas tava no meio dos meus arquivos pessoais no trampo

Acordei , após mais uma noite mal dormida , o famoso gosto de cabo de guarda chuva na boca, a sede matando , o gato pulando na minha cabeça, que gira e gira e , entre uma volta e outra , suplica por mais algumas horas de sono ou outra dose de conhaque barato, cerveja , vodka ou um dry martini ( mexido , não batido). A ironia da vida se encontra nesse momento de ressaca, em que dou voltas em mim mesmo sem sair do lugar, ah aqueles momentos doces de verborragia e simpatia excessiva, de felicidade embriagada, dos efeitos do álcool, culminando num grande dor de cabeça, mal estar e náusea, creio que isso seja um bom exemplo da busca inconsequente por um prazer efêmero ( e não é assim todo o prazer?).

ah sim, fui eu , lembrei desse dia....

um rascunho para os amigos AKA foi assim

Incompleto, escrito em vinte minutos... Portanto, meus caros(as) amigos(as) críticos(as) e revisores(as) , a ajuda aqui será bem vinda , como sempre.

ps: daqui pra frente não porei mais (as) oi (os) em nada, quem quiser que eu seja políticamente correto que vá fazer sexo anal com lhamas onírico-espaciais, politicamente correto é um saco, gente que se ofende com qualquer besteira é um saco.
Quem não quiser entender que se junte aos irmãos (ãs) * no ato supracitado. pratiquem sexo anal com lhamas onírico-espaciais grupalmente e sejam felizes, mas não me encham o saco.

* excessão que comprova a regra.

Foi assim. Ela passou como um bolero, sim, por mas estranho que isso soe literalmente passou como um bolero, só não digo um tango por que não estava mais sensual ( e convenhamos, ela já sensual pra cachorro), mas isto, é claro, para os padrões de uma mulher como ela.
Essa senhorita que sempre assombrou minha vida aparece de vez em quando, é estranho , mas é bom ter alguém que te perturba a cabeça. Sim, devo confessar foi amor platônico à primeira vista, à segunda e à terceira e a todas vistas as subsequentes até hoje e, por mais que seja amor, devo confessar : Amor platônico é um saco.

Acho que aqui cabe uma breve explicação, nunca deixei de amar-não-platônicamente a ninguém que se dispusesse a retribuir meus arroubos, sim, pois não dá pra viver de vento e nem quero ser santo. Amor platônico é aquela coisa bonita nos livros antigos ( nos de hoje já não pega nem bem , nem ninguém ) . Na vida real de duas uma , ou o cara vai morrer morrer virgem ou vira psicopata e acaba tentando matar a garota, ou várias delas, ou não, ou todas as anteriores.

Dito isto volto ao assunto, ou melhor, a assunta. Gostaria sinceramente de saber se ela é o tipo que sabe perfeitamente o que está fazendo ou se não tem a mínina idéia. Não sei o que seria pior; Mas acho que o segundo tipo é capaz de estragos ainda maiores. É uma mulher que transpira poesia, em cada gesto cada movimento , até mesmo os mais estabanados, se é que os comete, o olhar de menina, um sorriso que desmontaria um tanque… não um porta aviões… não um planeta inteiro cheio dessas coisas metálicas robustas e cheias de soldas , arrebites e parafusos apertados , a voz doce e um corpo que… nossa senhora como é gostosa!

Sim, ela é produndamente sensual, é praticamente um orgasmo sensorial e realmente tenho dúvidas de que não se de conta disso, e caso isso ocorra devo admitir que finje muito bem não saber. É Do tipo que faria qualquer um largar tudo o que estivesse fazendo , pular de um prédio de trinta andares e sair voando só pra sentir o seu cheiro ( e dar uma bela olhada naquela bunda ) enquanto se espatifa, satisfeito, no chão pensando na merda que acabou de fazer.
Penso que me conformaria melhor se fosse uma libertina que pulasse deca em cama, dando mais que chuchu na serra. Sim, pois afinal é um disperdício imenso não aproveitar todo o potencial erótico contido naquelas olhadas de criança safada que ela dá de vez quando e naquele sorriso… mas acho que já falei disso antes, disso e de como ela é gostosa.

19 setembro, 2005

experiência

Se existe algo que não se explica são as tardes de domingo, tardes ensolaradas em que, logo após o almoço, o tempo se espreguiça lânguidamente em uma cadeira de praia ou à beira de uma piscina qualquer, e, aproveitando os raios de sol, adormece até parar.
Descobri isso numa dessas tardes, após ler o jornal e antes de desistir de aparar a grama , quando, de sopetão, o telefone toca trazendo o convite para um chopp vespertino e talvez uma partida de truco num bar da cidade . Chave do carro, carteira e o dinheiro que se esvairá , junto com a tarde , em líquido dourado e porções variadas de tira-gosto, estou pronto, me fui.
A animação começa com o jogo de futebol na tv e aumenta com porcentagem de álcool no sangue, não digo bêbados, mas moderadamente alegres e cheios de uma expectativa que somente um gol no time adversário pode provocar, roubado, de preferência , para duplicar o prazer com a indignação alheia. Após o jogo nos mudamos para uma mesa mais próxima à rua, com a óbvia intenção de lançar olhares em direção às meninas que passam, e ,com alguma sorte, conseguir atenção.
Aí a vejo, vestindo um malha , pedalando sua bicicleta num ritmo gostoso, constante e calmo, sem pretensão, sem querer chegar a algum lugar, assim como a tarde não pretendia virar noite; sigo suas formas, seus cabelos levemente ondulados, presos num rabo de cavalo, jogados displicentemente nas costas, ali o tempo pára; entre um fio de cabelo e a espuma no meu lábio superior. Imagino um gosto doce, pensando nas formas escondidas sob a camiseta larga e molhada de suor, horas e horas a fio observando as gotas contrariarem a física , permanecendo em seu rosto, a meio caminho do queixo, próximo a boca tão desejada, brilhando contra a pele queimada do sol de todos os dias.
Ah se pudesse me mover, mas estou aqui pregado à cadeira , preso a magia das tardes de domingo, mas ah, se pudesse me mover eu teria corrido, chamando seu nome, derrubando a cerveja na mesa e, com certeza , obtendo a sua atenção, mas, com o tempo parado, minha vontade se foi em contemplação a beleza, à arte esculpida naquela forma congelada, às curvas precisas e perfeitas e à densidade da espuma no chopp , gelado , na medida, com dois dedos de colarinho.

16 setembro, 2005

Se alguém um dia compreendeu a humanidade

Infinito: Maior que a maior de todas as coisas e um pouco mais que isso. Muito maior que isso, na verdade, realmente fantasticamente imenso, de um tamanho totalmente estonteante, tipo "puxa, isso é realmente grande!". O infinito é tão totalmente grande que, em comparação a ele, a grandeza em si parece ínfima. Gigantesco multiplicado por colossal por estonteantemente enorme é o tipo de conceito que estamos tentando passar aqui.

de O Restaurante no fim do universo de Douglas Adams

12 setembro, 2005

Alô?....Alô?... Pois não?...

hoje acordei,
defenestrei camisas, relógios, bolas de gude
atirei o corpo ao vento,
transformei em brisa
e voei pra longe.
O pensamento, em tons de azul e verde,
fluiu do meu corpovento,
agora consciência,
permeando a tudo,
nada sendo,
nada tendo,
não-mente liberta,
separado de tudo,
perdido de mim,
sem querer me acho,
à beira da cama,
com um sorriso no rosto.

11 setembro, 2005

fiel

não é por que as crianças gritam,
não é por que os santos choram,
não é por que recém descobriste
que a merda fede,
Agora que sabes que teu coração é sujo
e tuas palavras te traem,
agora que sabes,
te fode daqui imbecil!
leva tua ignorancia prepotente,
teus preceitos de moral,
e SOME!
Foge com o rabo entre as pernas ,
o nariz pro o alto,
e vai fazer tuas merdas em outro lugar.

10 setembro, 2005

nenhum sexo pode ser mais verdadeiro do que o sexo oral, há no máximo uma boca para mentir.

09 setembro, 2005

beijo na bunda

quero dormir a dor que me lacina
que me partiria a alma que não tenho
eu em meu lugar , taciturno, o não eu
não sendo , ocupando todos os espaços
alquebrado, a minha vontade se esvai
em delírios de camas sujas de motel
em corpos diferentes a cada vez
sono, pesado, só
descanso o corpo suado no cetim
a mancha ácida enegrece os lençóis
com ela se vão as toxinas
a dor some em um quarto sujo
minha sujeira
minha e de mais ninguém

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quem diria que o sono e dor de dente podem fazer isso

terminado de desvirtuar

inicialmente não era para haver outras coisas, mas como hoje eu já desvirtuei esse blog mesmo
parte de uma musica que estava escutando hoje(I got You - Hed pe) e fez sentido.

Nobody's waiting for you
Nobody's home
Nobody's listening to you
'Cause nobody cares
And they will never change
They are slowly dying
They will never go away
They have nothing to lose

All my people come on
Choose your side
You're a long way--From home
but not alone

They are afraid of you
'Cause you know their secret
I hear them praying for you
That you disappear
They are the enemy
We are the fallen
Now they have us on our knees
We have nothing to lose

Erros

Pena que vai perder a formatção, isso tá tão bonito na tela

[10:48:43:457] [ERRO ] [EIS:IsapiAcceptor] [Thread-20 : (eistablerunner)] ServiceException occurred: template = eistablerunner. Exception = ORA-01741: illegal zero-length identifier NSU: fwAAAQAA2J+zywAAAAAAAH8AAAELsAAAAAAAAA== JAS version:2.0.5.3.3 StackTrace: java.sql.SQLException: ORA-01741: illegal zero-length identifier
at oracle.jdbc.dbaccess.DBError.throwSqlException(DBError.java:168) at oracle.jdbc.ttc7.TTIoer.processError(TTIoer.java:208) at oracle.jdbc.ttc7.Oall7.receive(Oall7.java:543) at oracle.jdbc.ttc7.TTC7Protocol.doOall7(TTC7Protocol.java:1405) at oracle.jdbc.ttc7.TTC7Protocol.parseExecuteDescribe(TTC7Protocol.java:643) at oracle.jdbc.driver.OracleStatement.doExecuteQuery(OracleStatement.java:1674) at oracle.jdbc.driver.OracleStatement.doExecuteWithTimeout(OracleStatement.java:1870) at oracle.jdbc.driver.OraclePreparedStatement.executeUpdate(OraclePreparedStatement.java:363) at oracle.jdbc.driver.OraclePreparedStatement.executeQuery(OraclePreparedStatement.java:314) at EIS_GER_QueryRunner.executeQuery(EIS_GER_QueryRunner.java:32) at EISTableBuilder.executeQuery(EISTableBuilder.java:39) at EISTableRunner.executeQuery(EISTableRunner.java:17) at EISTableRunner.execute(EISTableRunner.java:192) at com.abnamro.br.jas.GenericHandler.callService(GenericHandler.java:760) at com.abnamro.br.jas.GenericHandler.executeService(GenericHandler.java:1136) at com.abnamro.br.jas.GenericHandler.dispatchRequest(GenericHandler.java:1088) at com.abnamro.br.jas.IsapiHandler.run(IsapiHandler.java:201) at com.abnamro.br.jas.p.run(ServiceDispatcher.java:129) at java.lang.Thread.run(Unknown Source)

08 setembro, 2005

fragmento

não haviam promessas veladas no nosso suor,
somente corpos nus se conhecendo, tocando,
penetrando, envolvendo.

um teste

Não enche meu saco, não te quero as balas
quero beber a vida até chegar a ressaca,
não há vida nos teus doces, só migalhas!
quero pão e vinho barato,
comunhão com os que bebem até cair na sarjeta,
vomitando a vida com grãozinhos de arroz;
Sorrindo, com a baba pendurada sujando camisa.
Quero feder, mas feder genuinamente,
se causo asco é por que fui intenso
por que brilhei até apagar a todos
o nojo de mim vem do que espalho no chão,
do que cobre meu corpo e que veio de dentro,
mas aí está o que sou e o que faço,
quem mais tem a coragem de mostrar
além dos que se embriagam até perder o juízo?

que deve ser gostoso isso deve

Andando pelo centro de são paulo,
deliciando-me com a mistura de sons, cheiros e coisas feias ,
ao que olho para o lado e lá está ela, a calçada,
sinto um ímpeto de morder o meio fio,
lamber lânguidamente pedra,
saborear cada bactéria,
encher a boca de concreto.
Ah! Quero despeçar meus dentes mordendo eróticamente a calçada,
sangue e amálgama!
E a baba, sim a baba que escorreria copiosamente de minha boca arrebentada,
a baba cor de rosa carregando pedaços de meus exdenteseobturações,
levanto me contemplando a cárie tão forçosamente desalojada,
a cárie sem-teto gritando por justiça ,
para ao menos morrer na mão do dentista,
Sim, sou o déspota das cáries! o arrebatador dos dentes ! Algoz da saliva!
sou eu! "EU SOU ESPARTACUS!"
Sigo em meu caminho ("Aqui no hay vida para los mareado"),
me acorda um cão latindo,
quase tropeço na barraquinha de tapioca,
acendo outro cigarro ,
sigo meu caminho.

EU SOU ESPARTACUS! - citação de Mediócritas do Karnak
"aqui no hay vida para los mareados" - citação A lo cubano do Orishas

preciso grudar isto num post it, azul diga se de passagem

Que todas as lembranças sejam esquecidas ,
todas as fotos rasgadas,
todas as páginas viradas,
todas as referências perdidas.
a tênue linha que nos une há que se romper,
já não estamos no mesmo contexto,
nossas equações não podem ser aplicadas,
não resolvemos o mesmo problema.
Que após seguirmos os caminhos que nos reservamos,
tudo se transforme em conhecimento,
e que este seja esquecido,
pois no mundo das ilusões nada se mantém
e todo o saber que permanece por muito
nos condena a repertirmos os mesmos erros
e mantermos nossos preconceitos.
nada é para sempre amor, amizade, morte,
esta é a única lição a ser aprendida.

Coisas inusitadas que a musa me faz

Há em você a inevitabilidade de te amar,
afundar eternamente nos seus olhos,
enganado pelo desejo de explorar o seu corpo
me perder sua boca e dormir com seu gosto ,
[acordar com seu cheiro,
como uma criança selvagem, sem pudores ou maldades
viver para encontrar finalmente em você o repouso,
[morada eterna de puro gozo
Náufrago no mar dos seus humores,
delicio me na calmaria, atrevo me na tempestade;
mas qual navegante me guio pela sua sua estrela
brilhando acima de tudo , pulsando entre o amor
[e o desejo;
Ambicioso qual pirata cobiçando seu mais íntimo tesouro,
destemido, lanço me na sua aventura
Anjo, mulher, fera e demônio
Amo te ao revelar cada forma,
e como não amaria se cada movimento do
[ teu corpo
em mim provoca a compulsão pela vida,
sede de ti, do suor em seu corpo,
devoro te e ainda assim sou eu o devorado
Chave dos mistérios, revela me
o segredo de carne e de sangue que habitam em você,
deixa me conhecer os mais negros desejos,
desafia me a satisfazê los, vê em mim a contraparte,
parceiros no crime, sem culpas ou remorsos
Roubaremos o mundo de todo o pudor
Ah quem me dera provar o teu amor,
dedicar me ao culto da tua alma,
queimar me no seu fogo
Pois assim como a Bilac
não me basta saber que sou amado
nem só desejo o teu amor;
desejo ter nos braços teu corpo delicado.

Não ter medo é idiotice, o importante é não se deixar levar por ele

pois é,
às vezes é necessário que alguém te fale algo para que se lembre de coisas simples
como, por exemplo, escrever
n'est pas

então lá vai


julgue me! não sei escrever, meu linguajar é tosco
oras! não escrevo para ti, escrevo pra mim,
escrevo para os mendigos na rua, mas não pra ti.
escrevo como quem quem lambe um cão e gosta!
se tem fome de perfeição vá comer uma grámatica,
Poesia para quem tem fome! encham o bucho dos sem teto
com papéis, palavras e análises sintáticas
pra ti, declamo com bafo, jorrando perdigotos na tua cara,
te faço olhar meus dentes rotos e amarelados,
não quero tuas bençãos, quero ser, só ser, deixa me!
prefiro cheirar a merda.

15 julho, 2005

Objetivo de vida

iluminação é o caramba, eu quero é fazer isso :

http://www.howtofoldashirt.net/


com qualquer uma das minhas incorporações!!!!

reticências e daqui pra frente só besteira

é estranho ser finalmente uma mente liberta,
no início parace uma depressãozinha de leve,
não pertencer mais ao mundo,
não sentir mais o mundo,
não possuir,
somente ser.

Após este período as coisas começam a surgir com clareza, ou não.
A clareza não importa, só o importa o caminho,
mesmo que nãio se veja, o caminho está lá logo abaixo dos seus pés,
e o caminho também é aquele que o trilha.

A quem me interpereta pode parecer estranho então vou tentar explicar.
Esta realidade não me diz mais respeito,
não me importa se você achar ruim eu não ter te elogiado
se eu não reparei, se não disse nada.
não me importo também se não reparar em mim,
deixo me absorver pela paz que me preenche,
sinto o vazio me completando,
me criando o espaço do que pode ser,
se será ou não , não importa, a manifestação é ilusão
a manifestação é finita, as possibilidades não.

na paz encontro a leveza, pela leveza eu governo
pela ação , me consumo, a não ação nunca desperdiça
não é preciso fazer todos os movimentos,
só se pode ir em uma direção de cada vez,
não é necessário saber para onde se vai,
mas se deve ir.

se demorei ou não para me unir ao que já fui,
perceber a eternidade do caminho e o prazer em caminhá-lo,
isso tampouco importa, importa é que o medo vem do apego,
não tenho medo por não querer,
e deixar tudo se ir , como sempre fiz, mas agora consciente,
é a maior libertação

definitivamente não pertenço a esta realidade, nunca pertenci,
mas ela permeia minha mente, entra e sai pela respiração
e tenho que viver nela, não com pesar,
mas simplesmente porque viver é preciso,
principalmente quando se compreende a própria inextinguibilidade.